5 formas de ajudar gatos e cachorros vira-latas de rua
No Brasil, milhares de gatos e cachorros sem raça definida, conhecidos como vira-lata, vivem nas ruas enfrentando fome, doenças e abandono. Com PURINA®, aprende formas práticas de como ajudá-los e oferecer a eles o bem-estar e o carinho que merecem.
Para quem já teve ou tem um pet, é comum sentir vontade de ajudar todo cachorro ou gato que vive nas ruas. E a gente entende: pensar que esses bichinhos — muitos deles vira-latas cheios de carinho para dar — não têm uma casa nem uma família que os proteja pode ser de partir o coração.
Mas, apesar da boa intenção, nem sempre é fácil saber como agir. Por isso, reunimos aqui algumas dicas para que, da próxima vez que você encontrar um animal sem lar, saiba exatamente o que fazer para oferecer ajuda.
Por que existem tantos animais nas ruas?
Primeiramente, é importante saber que esse problema está longe de ser local. No Brasil, por exemplo, a situação é alarmante.
Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Instituto Pet Brasil (IPB), existem cerca de 30 milhões de animais em situação de rua no país, sendo aproximadamente 20 milhões de cães e 10 milhões de gatos. Esse cenário preocupante foi agravado nos últimos anos.
Relatos de diversas organizações de proteção animal, como a Amparo Animal, indicam que, desde o período da pandemia de Covid-19, houve um aumento significativo no número de pets abandonados, com algumas estimativas apontando um crescimento de até 60% nos casos. Atualmente, o Instituto Pet Brasil calcula que quase 185 mil animais estão sob a tutela de ONGs e grupos de protetores em todo o país, a maioria sendo cães resgatados de situações de abandono ou maus-tratos. Esses números, no entanto, representam apenas uma fração da realidade dos animais sem lar que esperam por uma chance.
Isso se deve ao fato de que, infelizmente, muitos novos tutores adquirem animais de companhia como presentes de Natal, Dia dos Namorados ou outras datas comemorativas. Consequentemente, uma vez que os bichinhos "deixam de ser filhotes" e perdem aquela fofura inicial, alguns cuidadores perdem o interesse, e os pets acabam nas ruas, em terrenos baldios ou até mesmo em rodovias, muitas vezes antes mesmo de completarem um ano de vida.
É fundamental que compreendamos que os animais não são brinquedos e que seu cuidado exige compromisso e responsabilidade. Tenha isso em mente e espalhe a mensagem para que, nessas celebrações, se pare de dar esse tipo de "presente".
Por sua vez, a Organização Mundial de Saúde Animal (WOAH, na sigla em inglês) afirma que, segundo as últimas estimativas, há mais de 700 milhões de cães no mundo, dos quais 75% são cães de rua ou errantes.
Outro aspecto que mais influencia o abandono é a venda ilegal e descontrolada de animais. Nesses casos, muitas vezes, se os filhotes não são vendidos, são deixados à própria sorte. Da mesma forma, também há situações em que os compradores abandonam seus pets assim que percebem que são vira-latas, ou seja, que não são de "raça pura".
5 formas de ajudar os gatos e cachorros vira-lata de rua ou abandonados
Diante desse cenário, fica claro que toda ação, por menor que pareça, pode fazer diferença na vida de um animal de rua. Se cada pessoa fizer a sua parte, será possível reduzir o número de gatos e cachorros abandonados nas cidades.
Pensando nisso, reunimos aqui algumas formas simples e eficazes de ajudar um cão ou gato que você encontrar na rua — e até mesmo contribuir para mudar essa realidade a longo prazo.
1. Adoção definitiva ou temporária de pets
Dar um novo lar é, sem dúvida, a melhor forma de transformar a vida de um vira-lata abandonado. Mas, antes de tomar essa decisão, é essencial fazê-la com consciência e responsabilidade, considerando tudo o que envolve cuidar de um pet a longo prazo.
Se você não pode assumir esse compromisso de forma permanente, uma alternativa é oferecer adoção temporária. Nesse caso, o bichinho fica em sua casa por um período limitado, até encontrar uma família definitiva. Essa ajuda é valiosa, já que muitos abrigos e ONGs trabalham com espaço reduzido.
Além disso, acolher um pet, ainda que por pouco tempo, traz momentos de carinho e alegria que ficam guardados para sempre na memória.
Caso perceba que ainda não é o momento certo para adotar, não tem problema. Existem várias outras maneiras de ajudar gatos e cachorros de rua — continue lendo para conhecer todas elas.
2. Apoie os abrigos com a sua contribuição
Os abrigos e centros de resgate animal funcionam, em grande parte, graças a doações e à ajuda da comunidade. O trabalho que realizam é enorme, e eles estão sempre abertos a receber apoio de voluntários. Entre em contato e manifeste sua vontade de ajudar — muitos já contam com ações organizadas, como passeios com os cães em dias específicos ou atividades de divulgação nas redes sociais.
Se você não dispõe de tempo livre, ainda assim pode contribuir com doações, seja em dinheiro ou em produtos. Normalmente, esses locais organizam campanhas de arrecadação de ração ou de itens essenciais para os animais. Aproveite essas iniciativas para compartilhar com eles alimentos de qualidade e outros materiais necessários.
Manter-se envolvido e incentivar os esforços dos abrigos dentro da sua comunidade exige pouco de nós, mas faz uma enorme diferença para gatos e cachorros em situação de rua.
3. Castre e cuide de seus pets
Outra das principais causas da superpopulação de animais nas ruas é a reprodução descontrolada. Castrar seu cão ou gato é um ato de amor e, além disso, você contribuirá para diminuir o risco de que algum de seus filhotes acabe nas ruas.
Se, por algum motivo, você ainda não conseguiu levar seu pet ao veterinário para este procedimento, não se preocupe. Existem diversas campanhas que promovem e facilitam a castração de animais, algumas até oferecendo o tratamento sem custo, mas [SP1] certifique-se sempre de que o procedimento seja seguro e confiável e que seja realizado por veterinários qualificados.
4. Denuncie os maus-tratos a animais
Por não contarem com uma pessoa para cuidar deles, os gatos e cães de rua estão expostos a maus-tratos, que podem se manifestar de diversas formas. No entanto, também há casos de tutores que não dão o tratamento adequado aos seus pets, comprometendo o bem-estar deles.
Para essas situações, você deve informar as autoridades competentes ou entrar em contato com uma ONG de resgate animal para que possam oferecer maior orientação. Lembre-se que os cães e gatos não têm voz, mas são seres sencientes (que sentem dor e emoções), então não os desampare!
5. Cuide deles na rua
Se puder, considere comprar um alimento de alta qualidade, como DOG CHOW® Adultos para todos os portes, ou DOG CHOW® filhotes. e ofereça um pouco aos cães de rua que vivem perto da sua casa. É possível que essa seja a única refeição deles no dia ou por um período ainda maior. Faça um exercício similar com os gatinhos errantes, com uma fórmula adequada para o organismo felino.
Além disso, às vezes, um animal de rua é "adotado por todos" os vizinhos da quadra. No entanto, mesmo que várias pessoas possam oferecer alimento, abrigo e carinho, alguns detalhes podem passar despercebidos.
Mesmo sendo um animal comunitário, ele continua sendo um pet e precisa receber atenção à sua saúde. Você poderia ser a pessoa responsável por controlar suas vacinas, visitas ao veterinário e outras necessidades.
Nesse caso, lembre-se que é imprescindível realizar a vacinação em dia, castração e as desparasitações. Dessa forma, será possível evitar complicações futuras, mas também que cães e gatos se reproduzam de forma descontrolada, impedindo que o ciclo de abandono continue.
Outras perguntas frequentes sobre ajuda a animais de rua
1. O que fazer ao encontrar um vira-lata ou gato abandonado na rua?
Ao encontrar um animal abandonado, avalie a situação com segurança. Se ele parecer ferido ou em perigo imediato, contate uma ONG de proteção animal ou a autoridade local responsável pelo resgate. Se for seguro e o animal se mostrar dócil, você pode tentar oferecer água e alimento de qualidade, mas evite abordagens bruscas. Compartilhar a foto do animal em grupos de resgate nas redes sociais também pode ajudar a encontrar um lar temporário ou definitivo.
2. Como posso apoiar abrigos e ONGs de animais no Brasil sem adotar?
Mesmo sem adotar, você pode fazer uma grande diferença. Abrigos e ONGs sempre precisam de doações financeiras (qualquer valor ajuda na compra de ração, medicamentos e despesas veterinárias) e doações em espécie (mantas, jornais, ração, medicamentos, brinquedos). Além disso, o voluntariado é essencial: você pode doar seu tempo para passear com os animais, limpar as instalações ou ajudar em eventos de adoção.
3. Onde denunciar maus-tratos a animais no Brasil?
No Brasil, você pode denunciar maus-tratos a animais em diversas instâncias. As principais são:
Delegacias de Polícia: vá à delegacia mais próxima e registre um Boletim de Ocorrência. A Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98) prevê pena para quem pratica maus-tratos.
Ministério Público: você pode fazer a denúncia diretamente ao Ministério Público da sua cidade ou estado.
Órgãos Ambientais: como o IBAMA ou as secretarias de meio ambiente municipais/estaduais.
ONGs de Proteção Animal: muitas ONGs oferecem orientação e podem auxiliar no processo de denúncia, ou até mesmo fazer o resgate do animal em casos urgentes.
Tomando esses pontos em consideração, você poderá agir de forma adequada, fazendo com que esses animais abandonados consigam mudar suas vidas e as de seus adotantes, dentro de um ambiente cheio de felicidade.
Em PURINA® acreditamos que quando as pessoas e os pets se unem, a vida é melhor. Com isso em mente, dê a oportunidade a um gato ou um vira-lata de rua e encha-o de amor e bem-estar com ações como as que vimos.
Fontes:
Instituto MVC: https://institutomvc.org.br/site/index.php/2024/04/04/indice-de-abandono-no-brasil/
