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Cachorros com diabetes: sintomas e tratamento

20 de Dezembro 2022 ·

Entenda as origens da diabetes em cães, seus sintomas, tratamentos e cuidados para proporcionar qualidade de vida ao cachorro diabético.

A diabetes em cães é uma condição crônica na qual o organismo do cachorro é incapaz de regular adequadamente os níveis de glicose no sangue, como acontece no caso das pessoas. Em razão disso, uma série de complicações podem ocorrer, como problemas de visão, infecções frequentes, doenças renais e dermatológicas. Apesar dos desafios que essa condição pode trazer, com alguns cuidados e, é claro, acompanhamento médico, é possível proporcionar uma vida feliz e saudável ao seu melhor amigo de quatro patas. Entenda um pouco mais sobre o assunto ao longo do artigo!

O que é a diabetes em cães?

Como já adiantamos, a diabete canina é uma doença crônica na qual o organismo não consegue produzir ou utilizar adequadamente a insulina – hormônio que controla a quantidade de glicose no sangue.  A glicose, açúcar obtido através dos alimentos, é uma fonte de energia para o corpo, e a insulina é responsável por levá-la às células.

Mas quando há uma falha nos sistemas de insulina, esse transporte não é realizado. Por consequência, o cão desenvolve hiperglicemia – isto é, níveis elevados de glicose no sangue. Se este quadro se manter por longos períodos, podem ocorrer danos ao organismo e graves problemas de saúde.

Existem dois tipos principais de diabetes em cachorros:

  • Diabetes tipo 1: neste caso, o pâncreas não produz insulina suficiente, exigindo a administração regular de insulina exógena (externa) para controlar os níveis de glicose no sangue. A causa exata ainda não é totalmente compreendida, mas acredita-se que seja uma doença autoimune na qual o sistema imunológico do cachorro ataca e destrói as células produtoras de insulina no pâncreas.
  • Diabetes tipo 2: Neste tipo, o pâncreas pode produzir insulina, mas o organismo é incapaz de utilizá-la de forma eficiente. Alguns fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da diabetes tipo 2 em cachorros incluem obesidade, falta de exercício físico, envelhecimento e predisposição genética. O sobrepeso é um fator de risco significativo, pois o excesso de gordura corporal pode causar resistência à insulina.

As causas da diabetes em cães

Nos últimos 40 anos, a medicina veterinária evidenciou um aumento no número de casos de diabete canina. A maioria dos casos ocorre em cães de meia-idade – as fêmeas não castradas têm duas vezes mais chances de desenvolver a patologia do que os machos.

É considerada a principal doença do pâncreas endócrino nos cachorros. Cerca de 30% dos cães diabéticos apresentam pancreatite crônica como causa potencial de diabetes. No entanto, há diversos outros fatores que podem originar o problema de saúde em questão.

As principais causas da diabetes em cães:

  • Inflamação prolongada no pâncreas (cuja uma das funções é produção de insulina)
  • Genética
  • Obesidade
  • Hormonais
  • Doenças endócrinas
  • Alguns medicamentos (como Glicocorticóides, Progestágenos, Levotiroxina, Diuréticos tiazídicos e Beta-adrenérgicos)
  • Infecções
  • Doença renal
  • Doença cardíaca
  • Hiperlipidemia

Existem raças com predisposição à diabetes em cães?

Todos os cães estão sujeitos à diabete canina. Assim, é extremamente importante levar o pet, periodicamente, às consultas veterinárias, para realizar exames e check-ups de rotina – essa é a melhor maneira para prevenir a doença.

Contudo, algumas raças têm predisposição à diabetes em cães, o que exige um cuidado redobrado, pois o fator genético pode aumentar o risco de desenvolver a doença.

Veja a seguir as principais raças com predisposição à doença:

  • Beagle
  • Cairn Terrier
  • Chow Chow
  • Dachshund (Salsicha)
  • Dobermann
  • Springer Spaniel Inglês
  • Golden Retriever
  • Labrador Retriever
  • Poodle
  • Samoieda
  • Schnauzer
  • West Highland White Terrier 

Os sintomas e diagnóstico da diabetes em cães

Quais são os sintomas?

O cão diabético apresenta alguns sintomas, como urinar excessivamente, sede extrema e perda de peso. A falha nos sistemas de insulina causa a hiperglicemia que, ao ultrapassar o limite de nível de glicemia, a longo prazo, acarreta em glicosúria (glicose na urina). Essa condição impede que a água seja reabsorvida no néfron – parte funcional do rim responsável pela formação da urina, ocasionando a poliúria (micção excessiva). Consequentemente, o organismo sente maior necessidade de ingestão de líquidos para corrigir o estado hídrico corporal, causando a polidipsia (sede excessiva).

Além disso, quando não há o transporte da glicose – fonte de energia – para as células, os órgãos do corpo passam a usar gordura e proteína para suprir a demanda energética. O que causa perda de peso e perda muscular - mesmo se o cão estiver comendo bastante.

Em suma, os principais sintomas da diabete canina são:

  • Micção excessiva
  • Sede excessiva
  • Perda de peso
  • Fome excessiva
  • Letargia (dormir muito, cansaço)
  • Olhos esbranquiçados
  • Pelos ralos, secos e sem brilho

Como é feito o diagnóstico?

Ao constatar qualquer sinal que possa indicar diabetes em cães, leve seu mascote ao veterinário o quanto antes para avaliação e fazer exames. O especialista vai avaliar as manifestações clínicas e verificar o nível de glicemia. Se for constatada a hiperglicemia, caracteriza-se o diagnóstico inicial da doença. 

Depois, o veterinário poderá solicitar uma avaliação completa de saúde do cão composta por uma série de exames, como:

  • Ultrassonografia
  • Hemograma
  • Perfil bioquímico sérico
  • Exame de urina
  • Antibiograma   

O tratamento da diabete canina

Assim que a diabete canina é diagnosticada, o veterinário recomenda um tratamento que deve ser seguido à risca. O acompanhamento médico para tratar essa doença é para a vida toda: constantes ajustes na dose da insulina, manejo nutricional, monitoramento da glicemia, da ingestão de água e controle de peso.

Um cão diabético bem compensado e acompanhado pode ter qualidade e expectativa de vida similar à de cães não diabéticos.

As principais medidas para o tratamento da diabetes em cães:

  • Insulinoterapia: a aplicação de insulina é diária e pode ser realizada com seringas ou canetas aplicadoras – o veterinário fornece as orientações sobre a frequência, a quantidade e o tipo de insulina.
  • Acompanhamento terapêutico: o monitoramento da ingestão de água, a redução da produção de urina, o controle do apetite e do ganho de peso são importantes para os cães que estão iniciando o tratamento.
  • Monitoramento glicêmico: há aparelhos específicos para medir o nível de glicemia em cães. É importante registrar os dados para o acompanhamento médico.
  • Manejo nutricional: é importante adequar a dieta do cão diabético para um alimento completo, balanceado, que não possua elevada quantidade de açúcar simples; que tenha mais fibras solúveis e insolúveis - principalmente quando há necessidade de perda de peso.
  • Rotina consistente: a alimentação deve ser fornecida em porções iguais, divididas duas vezes ao dia, administradas no horário da aplicação da insulina.
  • Nível adequado de exercício: uma vida ativa, com atividades físicas, ajuda a melhorar o controle metabólico em cães diabéticos; o veterinário orienta sobre a frequência e exercícios adequados à condição de saúde do pet.  

Apesar da condição, desde que receba o tratamento e os cuidados adequados, um cachorro diabético pode viver uma vida longa e saudável ao lado de sua família. E se quiser conhecer mais dicas para proporcionar ainda mais qualidade de vida ao seu melhor amigo, não deixe de acessar as demais publicações de Purina.

Perguntas frequentes

Como tratar um cão com diabetes?

A diabete canina não tem cura, mas com o devido tratamento e acompanhamento médico, o cão pode ter qualidade de vida. As principais medidas são aplicação de insulina, manejo nutricional e exercícios regulares.

O que pode comer um cachorro com diabetes?

O cão diabético deve comer uma alimentação completa e balanceada que não possua elevada quantidade de açúcar simples.

Quais são os sintomas de um cachorro com diabetes?


Os principais sinais que podem indicar diabete canina são micção excessiva, sede excessiva, fome excessiva, perda de peso, apatia, longos períodos de sono, entre outros. 

Fontes

https://arquivo.fmu.br/prodisc/medvet/nasa.pdf

https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/119448/imai_ph_tcc_botfmvz.pdf?sequence=1

https://famez.ufms.br/files/2015/09/DIABETES-MELLITUS-EM-C%C3%83O-RELATO-DE-CASO-1.pdf

https://www.animaltrust.org.uk/conditions/diabetes-dogs/

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