Carrapatos em cachorros: Como identificar e tratar o problema
Os carrapatos em cachorros podem interferir no bem-estar do seu companheiro. Aprenda mais sobre esses parasitas e descubra como livrar seu pet deles.
É muito comum encontrar carrapatos em cachorros. A infestação não está necessariamente ligada à falta de higiene, mas sim ao fato de que esses parasitas são muito recorrentes e podem passar despercebidos no corpo do seu pet com bastante facilidade. Por isso, as revisões periódicas são essenciais para prevenir ou eliminar esses invasores do seu fiel companheiro.
A coceira maior do que o habitual é um dos principais sinais da presença de carrapatos. Mas o problema vai muito além de um simples incômodo. Esses parasitas representam um risco real de transmitir doenças para o seu pet ou até mesmo para você.
Embora sejam comuns, os carrapatos não são inofensivos. Eles são encontrados principalmente em zonas e épocas mais quentes e em pets que ficam muito tempo ao ar livre. No entanto, não se confie: algumas espécies têm alta resistência e podem sobreviver em climas de até 0 °C. A prevenção é sempre o melhor caminho para garantir a saúde do seu cão.
O que são carrapatos?
Apesar do que muitas pessoas pensam, os carrapatos não são insetos. Na verdade, são aracnídeos, parentes próximos dos ácaros, escorpiões e aranhas. Eles são parasitas externos que se alimentam do sangue de um hospedeiro.
Não se confie: embora o principal hospedeiro seja um animal, os carrapatos também podem se prender em humanos. Ao sugar o sangue, eles se tornam transmissores eficientes de diversas doenças. Como a forma de se alimentar é lenta, podem passar vários dias sem que o hospedeiro note sua presença.
Por tudo isso, é altamente recomendado que, ao encontrar um carrapato ou suspeitar que haja um ou vários no corpo do seu pet, você procure um veterinário. Ele saberá como agir da melhor maneira e indicar o tratamento mais adequado para proteger a saúde do seu amigo de quatro patas.
Sintomas de carrapatos em cachorros


As carrapatas em si geralmente não provocam mais do que coceira e irritação na pele dos cães. No entanto, o verdadeiro risco está nas doenças que podem transmitir, muitas delas graves e com sinais clínicos evidentes:
Babesiose: doença que afeta os glóbulos vermelhos, podendo causar febre, perda de apetite e anemia.
Ehrlichiose: caracteriza-se por febre intermitente, perda de peso, anemia e trombocitopenia (redução das plaquetas), o que pode levar a sangramentos espontâneos.
Febre Maculosa: causada pela bactéria Rickettsia rickettsii, transmitida por carrapatos da espécie Amblyomma. Os sintomas são semelhantes aos de outras enfermidades, como febre, letargia, perda de apetite, vômito e diarreia. No Brasil, essa doença é uma zoonose muito importante e endêmica.
É fundamental estar sempre atento às mudanças físicas e comportamentais do seu pet. Só assim será possível identificar rapidamente qualquer sinal de alerta e agir a tempo. Esse cuidado é essencial para garantir a saúde e o bem-estar do animal.
Como prevenir carrapatos em cachorros?
Existem duas formas principais de prevenir problemas com carrapatos:
- Eliminar espaços de reprodução: A limpeza e a higiene da casa são fundamentais para evitar a proliferação de parasitas como os carrapatos, além de vírus e bactérias. É importante também cuidar dos ambientes externos: jardins, quintais e áreas verdes devem estar sempre bem tratados e controlados para reduzir os riscos.
- Usar acessórios de prevenção: Hoje existem diferentes opções para manter os carrapatos afastados do seu pet, como coleiras, pipetas e comprimidos. Alguns desses produtos podem ser comprados facilmente, enquanto outros só estão disponíveis com receita e orientação de um médico veterinário.
A prevenção é a forma mais eficaz de proteger seu bichinho contra parasitas. Mantenha sempre o calendário de desparasitação atualizado com acompanhamento veterinário. Assim, você garante muito mais saúde, bem-estar e anos felizes ao lado do seu melhor amigo.


Como tirar carrapatos do cachorro com segurança
Remover um carrapato do seu cachorro exige cuidado, paciência e os equipamentos certos. Esses parasitas podem transmitir doenças se não forem retirados corretamente; por isso, é importante agir com atenção. Se você não se sentir seguro para fazer o procedimento em casa, o mais indicado é levar seu amigo peludo ao veterinário.
O que você vai precisar para tirar um carrapato do cachorro
Antes de começar, prepare alguns itens que vão facilitar o processo e reduzir o risco de infecção:
- Pinça ou removedor de carrapatos: existem ferramentas próprias para isso, vendidas em pet shops ou recomendadas por veterinários.
- Luvas descartáveis: protegem suas mãos de possíveis agentes infecciosos.
- Degermante apropriado para cães: para higienizar a área após a retirada.
- Um ajudante ou distração: outra pessoa pode segurar o cachorro para que ele não se mexa. Caso não tenha, use um brinquedo ou petisco para mantê-lo calmo.
- Um frasco com tampa: serve para colocar o carrapato após a retirada, evitando que ele volte para o ambiente.
Passo a passo para retirar o carrapato
Agora que você já sabe quais itens precisa ter à mão, é hora de colocar o plano em prática. Sempre com muito cuidado, para evitar problemas no futuro. O carrapato costuma ser visível a olho nu — parece uma pequena verruga grudada na pele do bichinho. O ideal é retirá-lo com uma pinça ou ferramenta própria, garantindo que seja removido inteiro, incluindo a cabeça.
Passo 1: coloque as luvas
O primeiro passo é se proteger durante a retirada do carrapato. Use luvas descartáveis, que podem ser jogadas fora logo após o procedimento. Assim, você evita o risco de entrar em contato com agentes infecciosos que esse parasita pode transmitir.
Lembre-se: os carrapatos não veem apenas o cachorro como fonte de alimento, eles também podem picar humanos. Por isso, sua proteção é fundamental para a segurança de todos.
Passo 2: mantenha o cachorro calmo
É muito importante que o seu amigo peludo esteja tranquilo. Alguns cães podem ficar agitados ou ansiosos nesse momento, então vale a pena usar música relaxante, brinquedos ou até petiscos para distrair e acalmar.
Se possível, solicite a ajuda de outra pessoa para segurar o cachorro com carinho e mantê-lo quieto. Mas se mesmo assim ele continuar se debatendo ou mostrando sinais de estresse, não force a situação. O melhor é parar e procurar um veterinário.
Passo 3: localize e prepare a área
Após manter seu cachorro em uma posição confortável e sob boa iluminação, é hora de localizar o carrapato. Afaste os pelos com cuidado, usando um pente ou mesmo os dedos, até visualizar a base do parasita, o qual é a parte onde ele se prende à pele. Nesse momento, é importante não aplicar óleo, álcool, vaselina ou calor, já que isso pode fazer com que o carrapato libere substâncias nocivas, aumentando o risco de transmissão de doenças.
Tenha em mãos um removedor próprio para carrapatos (em formato de gancho) ou, se não tiver, uma pinça de ponta fina. O ideal é posicionar a ferramenta bem rente à pele do animal, o mais próximo possível da cabeça do parasita, nunca apertando o corpo.


Passo 4: Remova com a técnica correta (sem esmagar)
Com a ferramenta posicionada, o próximo passo é realizar a remoção com calma e precisão. Se estiver usando uma pinça de ponta fina, segure o carrapato pela base, junto à pele do cão, e faça um movimento de tração constante para cima, sem puxões bruscos e sem esmagar o corpo do parasita.
Em alguns casos, pode ser necessário manter a força suave por alguns segundos até que ele se solte completamente. Já se utilizar o removedor em formato de gancho, deslize a peça por baixo do carrapato até que a base esteja firme e, então, faça um giro curto, de um quarto a meia volta, puxando em seguida para cima. Essa técnica ajuda a desprender o parasita de forma mais segura.
Caso reste alguma parte da boca do carrapato presa à pele, não tente cavar ou retirar à força. Limpe a região, observe por 24 a 48 horas e, se houver sinais como vermelhidão intensa, inchaço ou secreção, procure o veterinário.
Passo 5: contenha e descarte com segurança
Após remover o carrapato, é essencial dar um destino adequado ao parasita. A forma mais segura é colocá-lo em um frasco com tampa contendo álcool 70% ou isopropílico, que irá neutralizá-lo rapidamente. Outra alternativa é prendê-lo com fita adesiva antes de descartar no lixo fechado, garantindo que não haja risco de infestação.
Nunca esmague o carrapato com os dedos nem o jogue diretamente no vaso sanitário, pois isso pode ser ineficaz. Em algumas situações, o veterinário pode solicitar que o carrapato seja guardado no frasco com álcool para fins de identificação, especialmente se o cão apresentar sinais de doenças posteriormente.
Passo 6: desinfete e acompanhe a pele do seu cachorro
Assim que o carrapato for retirado, higienize cuidadosamente a região com um degermante próprio para cães, evitando o uso de produtos agressivos como álcool direto ou água-oxigenada em excesso, que podem irritar ainda mais a pele do bichinho.
O ideal é aplicar suavemente o antisséptico com uma gaze limpa, garantindo que a área fique bem protegida contra bactérias. Em seguida, observe se há sinais de vermelhidão intensa, inchaço, secreção de pus ou mau cheiro.
Esses sintomas podem indicar que houve uma infecção ou que algum fragmento do parasita permaneceu preso. Nesses casos, não tente intervir em casa: a conduta mais segura é levar o amigo peludo ao veterinário quanto antes para avaliação e tratamento adequado.
Passo 7: fique atento ao comportamento do seu amigo de quatro patas
A retirada do carrapato é somente parte do cuidado. Durante os dias seguintes, é fundamental observar o comportamento do cachorro e estar atento a sinais que possam indicar complicações ou doenças transmitidas pelo parasita, como a erliquiose ou a doença de Lyme.
Entre os sintomas mais comuns está febre, falta de apetite, cansaço incomum, dificuldade para caminhar, rigidez nas articulações ou respiração ofegante. Caso perceba qualquer alteração fora do normal, não hesite em procurar orientação veterinária.
Lembre-se: quanto mais cedo o diagnóstico for feito, maiores são as chances de recuperação rápida e completa do seu companheiro.
Como o carrapato se prende com força à pele enquanto suga o sangue, se o processo for feito de maneira incorreta, há o risco de o parasita se partir e liberar substâncias que podem causar doenças.
Por isso, se você não se sentir seguro para realizar a retirada em casa, o mais indicado é procurar o seu veterinário de confiança. Assim, você garante que o seu amigo de quatro patas fique livre desses parasitas sem preocupações.
Lembre-se sempre de zelar pelo bem-estar do seu companheiro fiel, oferecendo a ele uma alimentação adequada, completa e balanceada como a de DOG CHOW®, além de cuidar da higiene e manter consultas regulares com o veterinário para proteger a saúde do seu bichinho.
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FONTES:
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